A
importância do professor do AEE.
O papel do professor, numa escola
que se pauta nos princípios de uma educação inclusiva, é de facilitador no
processo de busca de conhecimento que parte do aluno. O professor é quem
organiza situações de aprendizagem adequadas às diferentes condições e
competências, oferecendo oportunidade de desenvolvimento pleno para todos os
alunos.
O estudo de caso é um método de
pesquisa que nos permite investigar, coletar dados, analisar fatos que nos ajudem
a traçar um plano de intervenção que traga soluções e benefícios para
aprendizagem do aluno eliminando suas barreiras e dificuldades e ajudando a ter
um bom desenvolvimento da sua aprendizagem. Nesse sentido, o professor do AEE
precisa fazer uma avaliação do aluno com deficiência em todos os aspectos e
funções: motor, afetivo, social, cultural, cognitivo, oral, de raciocínio
lógico tomando como fonte de informações a família, a escola, o professor de
sala comum, os colegas de classe, os profissionais que possivelmente estejam
trabalhando com o aluno, para ter uma precisão de suas reais necessidades de
aprendizagem para ajuda-lo a eliminar suas dificuldades e pensar em estratégias
inclusivas que dê a esses alunos a condição de aprenderem tão quanto os ditos
normais.
O Atendimento Educacional
Especializado (AEE) que ocorre nas salas de recursos multifuncionais, em
horário contrário ao da classe regular, tem por objetivo proporcionar às
crianças um trabalho complementar específico, para que possam superar e/ou
compensar as limitações causadas pelos seus comprometimentos sensoriais,
físicos, intelectuais ou comportamentais, desenvolvendo e explorando ao máximo
suas competências e habilidades. Por meio dos dados coletados no processo de
avaliação o professor especializado pode identificar as áreas comprometidas e
as competências do aluno que podem ser exploradas e aprimoradas. Além disso,
tais dados quando analisados, podem instrumentalizar e orientar o professor da
classe comum, os gestores da escola e a família, para que o aluno tenha acesso,
de fato, aos conteúdos curriculares.
Nesse sentido, o ensino nas salas
de recursos multifuncionais não pode ser homogeneizador. Ao contrário, é necessária
que se faça um diagnóstico a respeito da situação cognitiva, sensorial,
comportamental, física, motora e escolar de cada aluno atendido, por meio de
uma avaliação pedagógica diferencial e, a partir desse trabalho, seja elaborado
um plano de ensino individualizado que considere as suas limitações, suas
dificuldades e valorize as suas capacidades e potencialidades. Afinal, a escola
denominada inclusiva constitui-se, primordialmente, no lugar em que todos têm
oportunidade de aprender, de acordo com as habilidades, o ritmo e o estilo de
aprendizagem de cada um.