segunda-feira, 5 de agosto de 2013


A importância do professor do AEE.

            O papel do professor, numa escola que se pauta nos princípios de uma educação inclusiva, é de facilitador no processo de busca de conhecimento que parte do aluno. O professor é quem organiza situações de aprendizagem adequadas às diferentes condições e competências, oferecendo oportunidade de desenvolvimento pleno para todos os alunos.
            O estudo de caso é um método de pesquisa que nos permite investigar, coletar dados, analisar fatos que nos ajudem a traçar um plano de intervenção que traga soluções e benefícios para aprendizagem do aluno eliminando suas barreiras e dificuldades e ajudando a ter um bom desenvolvimento da sua aprendizagem. Nesse sentido, o professor do AEE precisa fazer uma avaliação do aluno com deficiência em todos os aspectos e funções: motor, afetivo, social, cultural, cognitivo, oral, de raciocínio lógico tomando como fonte de informações a família, a escola, o professor de sala comum, os colegas de classe, os profissionais que possivelmente estejam trabalhando com o aluno, para ter uma precisão de suas reais necessidades de aprendizagem para ajuda-lo a eliminar suas dificuldades e pensar em estratégias inclusivas que dê a esses alunos a condição de aprenderem tão quanto os ditos normais.
            O Atendimento Educacional Especializado (AEE) que ocorre nas salas de recursos multifuncionais, em horário contrário ao da classe regular, tem por objetivo proporcionar às crianças um trabalho complementar específico, para que possam superar e/ou compensar as limitações causadas pelos seus comprometimentos sensoriais, físicos, intelectuais ou comportamentais, desenvolvendo e explorando ao máximo suas competências e habilidades. Por meio dos dados coletados no processo de avaliação o professor especializado pode identificar as áreas comprometidas e as competências do aluno que podem ser exploradas e aprimoradas. Além disso, tais dados quando analisados, podem instrumentalizar e orientar o professor da classe comum, os gestores da escola e a família, para que o aluno tenha acesso, de fato, aos conteúdos curriculares.
            Nesse sentido, o ensino nas salas de recursos multifuncionais não pode ser homogeneizador. Ao contrário, é necessária que se faça um diagnóstico a respeito da situação cognitiva, sensorial, comportamental, física, motora e escolar de cada aluno atendido, por meio de uma avaliação pedagógica diferencial e, a partir desse trabalho, seja elaborado um plano de ensino individualizado que considere as suas limitações, suas dificuldades e valorize as suas capacidades e potencialidades. Afinal, a escola denominada inclusiva constitui-se, primordialmente, no lugar em que todos têm oportunidade de aprender, de acordo com as habilidades, o ritmo e o estilo de aprendizagem de cada um.